domingo, 12 de julho de 2009

SORTE E FELICIDADE

A sorte e a felicidade são afinal o quê? A sorte e a felicidade são, a cima de tudo fé, vontade e auto estima.

A fé é aquele sentimento que sai do mais fundo de nós e que nos faz sentir que Deus existe. Um Deus único com quem estamos em comunhão directa, sem intermediários, a quem nos dirigimos directamente quando temos necessidade de partilhar aquilo que Ele nos deu. Como é saborosa a refeição quando sinto necessidade de Lha agradecer e o faço. Só quando sinto necessidade e não como ritual obrigatório. Como é tranquila aquela noite em que ao deitar-me sinto necessidade de Lhe agradecer aquela cama em que vou repousar e todas as coisas de que me sirvo. Com o sinto o coração cheio quando Lhe agradeço os amigos que seleccionou pr'a mim.

Não ter fé é andar sem rumo, sem pontos de referência no mundo. E é necessário que assuma- mos a nossa fé. Pessoalmente não frequento nenhuma igreja nem me misturo com nenhuma seita religiosa mas tenho uma fé inabalável em Deus. E não consigo entender como se guiam tantas pessoas que dizem ser católicas não praticantes. Como é que tal é possível? E depois há as
que dizem que Deus não existe, ou que nunca O viram e tem dúvidas "mas que há alguma coisa superior que rege isto há", dizem. Eu assumo que não "há alguma coisa superior", que não há uma coisa mas que há Deus. E se alguém tem duvidas, se não acreditam em Deus, responda-me a uma das muitas questões que podia pôr:

-Porque é que qualquer fêmea não fica grávida dum macho qualquer e só fica grávida de um macho da sua especie?

A felicidade que Deus pôs no mundo para que dela nos servíssemos na justa medida, porque ela foi dada para todos, depende da nossa vontade e da nossa tenacidade e ambição. Ambição é querer, vontade é decidir, tenacidade é persistir. E quem não tiver estas três caracteristicas nunca terá sorte e nem a terão todos aqueles que as tiverem.

A ambição é o motor todo o progresso humano, individual e colectivo sendo que este último é a soma de todos os progressos individuais mesmo quando tal não é claramente visível. É o caso daqueles que querem ser bancários. O seu sucesso e o seu progresso farão o sucesso e o progresso dos banqueiros e só existem e se concretizam em depedencia mútua. O mesmo se pode dizer de qualquer outra profissão, da satisfação de qualquer outra ambição.
Mas para satisfazer qualquer ambição é preciso perceber qual o caminho que conduz a sua realização para pormos os pés em todos os degraus do percurso com a convicção de que, de outra maneira, não se chega ao fim almejado. De facto quem ambiciona metas e sucessos para que não se preparou, nunca conseguirá nada na vida e virará um frustrado e um inútil. E com um inutil, que não quiz progredir nem fez nada a beneficio do seu próprio sucesso não é justo que nos preocupemos porque não merece. Devemos preocupar-nos com os que se esforçam, com os que prosseguem e persistem nos nobres objectivos. Esses é que merecem ser ajudados quando um dia encalham numa barreira que sózinhos não conseguem transpôr apesar de não desistirem.
Só os lutadores merecem ser ajudados, a menos que sejam inválidos porque estes devem ser sustentados por nós.
É destas três características, ambição, vontade e tenacidade que resulta aquela parte da sorte que nos cabe a nós contruir. O resto Deus fará porque sempre faz a parte d'Ele desde que cada um faça a sua. Não?

Alguém perguntará como se faz então a nossa sorte. É simples. Por exemplo quando fazemos um exame precisamos de ter sorte. Mas que sorte? Sorte materializada em quê? Precisamos de ter a sorte de que as perguntas incidam sobre matéria que sabemos porque saber depende de nós. Quanto mais estudarmos mais sabemos. Quanto mais soubermos maior é a probabilidade de as perguntas incidirem sobre matéria que conhecemos e consequentemente maior é a nossa sorte. Está na nossa mão montar o cavalo que só passa à nossa porta uma vez.

O estudo é, porventura, a área de trabalho que melhor ilustra como a nossa sorte depende de nós. Da nossa ambição ou querer que deve ser à medida da nossa capacidade de realização; da nossa vontade, que é a nossa capacidade de decidir; e da nossa tenacidade que é nossa força interior para aceitar em cada momento o que conseguimos e temos sem desistir daquilo que ambicionamos e queremos.

Vitorino Batalim
2009/07/12

3 comentários:

abreu disse...

Entendi.... obgd.

abreu disse...

Antes de prosseguir o meu caminho e lançar o meuolhar para a frente,uma vez mais elevo,só,as minhas mãos a Ti na direcção de quem eu fujo.A Ti, das profundezas do meu coração,tenho dedicado altares festivos para que,em cada momento,a Tua voz me pudesse chamar.Sobre estes altares estão gravadas em fogo estas palavras:"Ao Deus desconhecido". .......Teu,sou eu,embora até ao presente me tenha associado aos sacrilégios.Teu,sou eu,não obstante aos laços que me puxam para o abismo.Mesmo querendo fugir,sinto-me forçado a servir-Te.Eu quero conhecer-Te,desconhecido.Tu,que me penetras a alma e, qual turbilhão,invades a minha vida.Tu,o incompreensível,mas meu semelhante,quero conhecr-Te,quero servir-Te só a Ti" Friedrich Niietzsche

Unknown disse...

Não percebo o comentário de Abreu.