Ao abrir este Blog move-nos apenas uma intenção,e um objectivo que é o de questionar tudo que que nos pareça suspeito para tentar perceber se é verdade, denunciar todas as mentiras venham de onde vierem e apoiar todas as verdades, independentemente dos seus autores. Daremos a todos, da direita, do centro e da esquerda, não importa a cor, a religião ou o sexo, o mesmo tratamento. A verdade e a justiça são o nosso único obejectivo para a reposição da Ética nas relações inter-pessoais, inter-grupais, regionais, nacionais e internacionais. Prestaremos atenção a todos os assuntos, situações e factos. Louvaremos ou criticaremos, denunciando, com igual ênfase, tudo e todos, conforme o seu merecimento. Quando provadamente formos injustos, retractar-nos-emos de imdiato. Este é o nosso compromisso de honra.
domingo, 17 de fevereiro de 2008
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1 comentário:
Resposta ao seu comentário a - Emigração vs Imigração: - Duas faces da mesma moeda, publicado no meu blog “Falando Claro”, em http://www.joaquimclaro.blogspot.com/
Diz-me o amigo Vitorino Batalim que «tenho visto de tudo, mas um blog cujo autor censura os comentários, nunca imaginaria» porque, na sua opinião, que eu muito respeito, de duas uma; «ou os comentários são livres ou se bloqueiam de vez». Acredito que já tenha visto de tudo mas, contudo, não acredito que já tenha mesmo visto TUDO.
A publicação directa dos comentários que lhe fazem no seu blog, é um critério que aplica e que é livre de o fazer, mas cujo método não quero seguir no meu. E, contrariamente ao que pretende inferir no seu comentário, pretendo deixar bem claro que não se trata de uma atitude censória da minha parte e que, muito menos, amputo os comentários que me são remetidos ou que, pura e simplesmente nem sequer os publico, se eles colidirem com as minhas ideias. E, como prova disso, o seu comentário está publicado na íntegra. Mas existe uma razão de fundo para ter tomado a minha decisão e que passo a explicar-lhe, independentemente da sua concordância: - se habitualmente dá uma volta pelos blogs e noticias da Sapo, iol e outras, já reparou com certeza quantas vezes, e muitas, os comentários não são feitos em face dos assuntos em questão, o que seria interessante, mas contendo um chorrilho de ordinarices tipo “dizes tu, direi eu”, diria mesmo, descendo a um nível execrável o que, muito sinceramente, e não porque uma questão de puritanismo, não pretendo que ocorra no meu blog, porque quero que este seja visitado por quem o entender, que comentem livremente segundo as suas ideias o que nele se publica, mas que não se deparem com despropósitos que os poderia levar a não ter vontade de repetir. Sim, porque o objectivo que presidiu à sua criação foi o de escrever para gente séria, que vejam no “Falando Claro” um blog de intervenção politica e social, independente de credos políticos, religiosos ou de poderes económicos e que sintam predisposição para debater os assuntos com hombridade. Sobre este assunto estamos esclarecidos.
Agora, entrando propriamente na resposta ao seu comentário e antes de o fazer, gostaria só de lhe fazer umas quantas observações que me parecem pertinentes. Na sua primeira publicação, em Fevereiro de 2008, na apresentação do seu blog, afirma ser seu objectivo «questionar tudo o que nos pareça suspeito para tentar perceber a verdade, denunciar todas as mentiras venham de onde vierem e apoiar todas as verdades» e prossegue; «Prestaremos atenção a todos os assuntos, situações e factos. Louvaremos ou criticaremos, denunciando, com igual ênfase, tudo e todos, conforme o seu merecimento».
É bastante bonito e fica patente essa sua vontade, mas não mais do que isso. Desde a abertura do seu blog em finais de 2007 e até Junho passado, decorridos, que são, dez meses, fez apenas 3 publicações, a saber; (In) justiça, em Março, Figuras Públicas -Vidas Privadas, em Março e Vão beber o nosso Sangue, em Maio o que, para quem quer ser interventivo «para a reposição da Ética nas relações inter-pessoais, inter-grupais, regionais, nacionais e internacionais» e que afirma que «Prestaremos atenção a todos os assuntos, situações e factos», só me pode deixar apreensivo por uma razão tão importante quanto esta: - ou anda de tal maneira distraído que não se apercebeu dos montes de coisas que se vão passando pelo mundo e em particular no nosso país, ou tem gerido mal o seu tempo, atraiçoando as suas boas intenções.
Quero dizer-lhe que reitero tudo quanto escrevi na publicação que fez o favor de comentar, não lhe retirando nem, sequer, uma única virgula e comento abreviadamente, ponto por ponto, todos os seus enfoques:
- Não concordo consigo de que não são comparáveis a emigrações/imigrações; procures-lhes os pontos comuns normais, e essa é a lógica, e encontrará muitas semelhanças, mas não deturpe intencionalmente a realidade, porque este “boom” de criminalidade é recente e nós já temos imigrantes e muitos e há vários anos. Lamento que não tenha ido ao âmago da questão que será o estudo sério deste fenómeno e que passa, inevitavelmente, por um amontoado de atitudes que competem ao governo, a alguns ministérios e, por ultimo às policias e aos tribunais. E para por em prática as medidas que dimanassem destes órgãos seria apenas necessário que este país funcionasse, o que não acontece.
Deve ter interpretado muito mal algumas coisas que eu disse, porque não fiz a apologia da imigração sem regras e muitos menos defendi marginais. Só que para mim um marginal é sempre um marginal onde quer que se encontre, sendo-me indiferente a sua língua, país ou etnia porque a maldade não tem cor nem raça.
- Está muito mal informado do que se passa neste país quando diz que não há falta de mão-de-obra em Portugal: - ainda esta semana uma associação empresarial do norte, do sector da construção civil, tornou público a escassez de mão-de-obra que começa a afectar as obras daquela região. Já para não lhe falar das culpas das entidades patronais em admitir pessoal não legalizado a um custo ridículo, da complacência do Ministério do Trabalho e dos seus inspectores que não inspeccionam coisa nenhuma e do SEF que não actua com a celeridade necessária: de há muito que preconizo uma maior vigilância nas entradas, com a tomada de conhecimento, através de relações inter-estaduais, do passado judicial de cada um e, a haver antecedentes criminais registados, que estes não sejam intimados a sair do país, como acontece, mas imediatamente colocados no aeroporto, com a confirmação do seu embarque e respectiva devolução ao país de origem.
-Quanto à prostituição de brasileiras e porque não fez parte da minha publicação, terei o maior ensejo de o discutir oportunamente mas não sem antes, lhe realçar uma coisa; - a prostituição é um fenómeno que deve ser abordado com seriedade, como todos os fenómenos sociais, e se atravessar a fronteira aqui da vizinha Espanha, verifique quantas portuguesas estão por lá e, já agora, dê-se conta se os espanhóis não têm o mesmo direito que nós e se também dizem o mesmo.
E poderia também ter aflorado, o que não fez, e que também fica para outra oportunidade, a violência doméstica que tem aumentado exponencialmente em Portugal e que é praticada por portugueses. Dirá, naturalmente, que esses são problemas “cá de casa” e que cá se resolvem. Eu contraponho, dentro da lógica que já evidenciei, de que os problemas são sempre problemas e, por muito que nos doa, há muitos que já não se limitam a ser resolvidos portas adentro. Ponha os olhos no grande exemplo da crise nos Estados Unidos, em que eles dão um “track” e cheiram mal as economias de todo o mundo.
- Quanto à violência que entende que eu deveria comparar em relação aos angolanos, moçambicanos, guineenses ou sul africanos, que é exercida sobre os portugueses que vivem ou trabalham nesses países, quero dizer-lhe que ela também será denunciada no meu blog quando for oportuno apesar de, lá como cá, se tratarem de casos isolados e que não me permitem generalizar que todos os pretos são bandidos. E olhe que conheço África.
- Dou-lhe toda a razão quando diz que «quem não dá não pode pedir e muito menos exigir» mas atente que eu só estou aqui a defender os que DÃO, os imigrantes honestos e trabalhadores que contribuem para o aumento do bolo colectivo, e não nos deve honrar tomar todos pela mesma medida.
E para terminar quero esclarecer, ainda, que não falei no meu blog de qualquer referendo realizado em Portugal em relação à nossa permanência na C.E., pelo que nada tenho a corrigir como me convida a fazer. O que eu disse é que sancionámos a nossa adesão quando os portugueses são chamados a quatro actos eleitorais para o Parlamento Europeu, em Junho de 1989, Junho de 1994, Junho de 1999 e Maio de 2004, porque Portugal aderiu em 1986, tendo assinado todos os tratados: - de Maastricht, Amesterdão e Nice, em 1993,1999 e 2003, respectivamente e a Declaração de Berlim em 2007. Assinou ainda o Tratado Constitucional, esse referendado em França e Holanda onde foi vencedor o NÃO e, em Dezembro passado, o Tratado de Lisboa, já referendado na Irlanda e recusado, gerando um impasse no seio da Comunidade. E fique sabendo que sou favorável ao referendo em Portugal.
E deixo-lhe aqui só mais um memorando: - Em 1993, entrou em vigor em todos os países membros do Mercado Único, incluindo Portugal, claro, a livre circulação das mercadorias, dos serviços, das pessoas e dos capitais.
Deve inferir-se por tudo isto que estamos na CE para o bem ou para o mal, mas estamos. Quando o povo vota para o Parlamento Europeu, elege, escolhe, aceita, concorda….
Quando beneficiamos da prerrogativa da liberdade de circulação de pessoas e bens, não temos de pensar que essa mesma liberdade é para nosso uso exclusivo. É para todos, com todos os riscos que isso possa comportar e cabe aos governos e à própria CE, criar e articular as normas que por ventura se mostrem necessárias ao seu bom funcionamento. O que não devemos nós, os cidadãos comuns, é andar a semear ódios rácicos, porque Arianos não existem e essa triste ilusão do apuramento da raça morreu, para bem da humanidade, com o fim de Hitler e do III Reich.
A revolução que urge fazer é a das mentalidades e, enquanto tal não acontecer, mentalize-se meu amigo, não sairemos disto.
Estarei sempre ao seu dispor e, entretanto, aceite os meus cumprimentos,
Joaquim Medeiros Claro
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