quarta-feira, 28 de maio de 2008

Minha resposta ao comentário anterior

Olá querida amiga. Como vai?

Essa não me tinha dito! Mas fico contente e feliz com o seu estudo. Tanto mais feliz fico por verificar que concorda parcialmente comigo. A criação de movimentos sociais em luta por uma sociedade mais justa com o consequente aparecimento de nova consciência social é o resultado da insatisfação causada pelas injustiças resultantes da má aplicação do Direito a da feitura de leis convenientes para quem delas beneficia.

Não é só em Portugal que há reformas injustificadamente chorudas em comparação com as outras mínimas ou medíocres que diminuem apesar de já adquiridas. Não conhece o mecanismo da diminuição das deduções? Acha justo? Concorda? Acha que não.

São leis convenientes aquelas que permitem situações como as de Ferreira do Amaral ou de Jorge Coelho? Não são situações que põem em causa o Direito no seu todo? A mordomias dos deputados em todo o mundo? E dos membros dos governos e dos presidentes das repúblicas? A selvajaria dos empresários que não só se engolem uns aos outros como trituram sem qualquer respeito a parte mais importante do seu equipamento que é factor humano? Em todo o mundo? No Vietename onde o ordenado médio de um operário é de 60 euros já há deslocalização de empresas porque o acham alto?

Repare minha boa amiga que não me referi como percebeu bem apenas a Portugal. Referi a economia global e é nesse contexto global que, não tenho dúvidas, irá surgir a próxima revolução social. Quero ver-gostaria de ver-onde se esconderão os abutres porque sendo global e não local e circunscrita não lhes deve restar muito espaço.

Permita-me que esclareça que sou um mero observador e estudioso preocupado com o que se passa à minha volta e que não tenho qualquer simpatia especial por qualquer organização política ou religiosa embora não discuta, sequer, a existência de Deus porque acredito n’Ele.

Obrigado pelo incentivo e pela amizade. Vou continuar a lutar mais pelos outros do que por mim porque já estou perto do fim e tenho que me sobra, graças a Deus. Sabe que tenho uma boa notícia pr’a lhe dar

Com todo o respeito e consideração, um beijinho por si.

Obrigado pelo apoio

Vitorino

Comentário recebido ao artigo anterior "VÃO BEBER O NOSSO SANGUE"

Meu caro Amigo:


Estudo Direito desde os 17 anos, e permito-me discordar.
As leis são sempre o reflexo , como que um espelho, do momento social e económico em que se vive. Se não o forem...não são aplicadas.....morrem.......secam.
Contudo, o homem literado e humanista vai à frente da sociedade....e, necessáriamente, da lei.
Aí, criam -se movimentos sociais de cidadãos em luta por uma sociedade melhor e mais justa, criando uma nova consciência social, e..posteriormente aparecem as novas leis.....a espelhar a nova consciência social.
Veja o caso da abolição da escravatura, da revolução bolchevique....etc....etc.....
E, assim, o homem vai evoluindo.

È a minha opinião. è uma opinião, que como tal, vale o que vale.......uma opinião

Beijinhos para si e....continue a lutar


Maria

VÃO BEBER O NOSSO SANGUE

Foi preciso estudar Direito para perceber o que proximamente se vai passar connosco. Foi preciso estudar Direito para me aperceber de que as grandes revoluções que mudaram algo no Mundo se deveram, única e exclusivamente ao facto de que correntemente os responsáveis faziam do Direito e da lei uma aplicação absolutamente injusta e indigna. Faziam leis à medida dos interesses das classes dominantes, manipulavam os tribunais dando ordens aos juízes, desrespeitavam os mais elementares direitos dos oprimidos e usavam-nos como meros instrumentos de satisfação de todas as suas necessidades. Impunemente os senhores roubavam, violavam, exploravam a miséria e divertiam-se atirando côdeas às multidões famintas que se digladiavam para apanhá-las do chão, quais cães vadios.

Por força da feitura de leis injustas e convenientes para os exploradores, por força da má aplicação do Direito, aqui e além, em áreas localizadas e distantes e em tempos diferentes os Povos foram-se revoltando e de forma tão violenta que as suas acções tiveram repercussões ao nivelo planetário.

Por causa das leis injustas e da má aplicação do Direito deu-se primeiro a independência americana, depois o Revolução Francesa, a independência do Brasil, a revolução bolchevique, a revolução chinesa. Várias guerras civis e não menos guerras independentistas. Parece que ninguém se lembra disto. Parece que ninguém teme o próximo conflito que vai ser muito mais grave porque será à escala planetária.

De facto o próximo conflito social não poderá ser localizado num espaço restrito porque não vai rebentar contra um governo local mas contra o governo mundial, contra a globalização e esta vai ser a grande transformação menos duradoura.

Fizeram o 11 de Setembro - não os muçulmanos - pr’a reforçarem a ditadura mundial já existente e acelararem a pauperização dos povos do mundo para pô-los economicamente o nível do século XIX. Para forçarem as nossas mães, as nossas irmãs e as nossas filhas e prostituírem-se como então. Para, pelo medo ou por cinco réis de mel coado, se calarem perante uma violação com já está a acontecer. Para novamente atirarem à rua algumas côdeas que, como então, as multidões famintas hão-de disputar violentamente, matando-se como então. Para se rirem ao verem os indigentes que criaram mendigando, de lágrimas nos olhos, descalços e nus como então.

Felizmente o nível cultural médios dos Povos é hoje suficientemente elevado para que nos lembremos todos do que aconteceu e com o aconteceu e para que já percebamos todos o que nos espera e vejamos a cama que a globalização fez pr’a nós nos deitarmos.

Por isso, minhas queridas amigas e meus queridos amigos, se o governo contra o qual os povos se vão revoltar proximamente é global a revolta só pode ser mundial e está próxima. Mais próxima do que parece.

É possível enganar toda a gente uma vez; é possível enganar muita gente várias vezes; mas não é possível enganar internamente toda a gente. E já estamos na fase em que os Povos estão a acordar e a perceber que ninguém pôs o pé na Lua, que a Passagem do século foi feita uma ano antes da data e que do onze de Setembro as únicas verdades são a queda das torres e a mortandade de tanta gente para satisfazer a ganância do capitalismo mundial. O onze de Setembro não tem nada a ver com petróleo mas com água.

Por favor, antes de dizerem que sou louco, pensem um pouco.

Aquele abraço fraternal de respeito e amizade.

Vitorino Batalim